Quarta-feira, 25 de agosto de 2010

15h48. Céu limpo: 32Cº

Pensei que havia passado, pensei que não mais pensaria nela e que tudo aquilo era apenas uma paixão passageira, infelizmente eu estava errado. Não posso vê-la e fico abobalhado, não posso pensar nela e meu coração arde em chamas, como diria Johnny Cash "eu me sinto dentro de um ardente círculo de fogo".

Ontem ela falou comigo, perguntou porque eu não fui ao encontro da turma, no aniversário de um colega no último sábado, isso pode mostrar que ela se importa com a minha presença, pode mostrar que ela sente minha falta, ou pode mostrar que ela sabe inventar um assunto quando se vira repentinamente e vê alguém que conhece.

Embora agora eu consiga comer e dormir ainda não consigo esquecê-la, ela não sai da minha mente, é minha benção e minha maldição, não, não é uma maldição, pode ser um castigo, ou uma lição, mas lembrar daquele rosto com certeza não é uma maldição.

Encolhido no canto, ouvindo música romântica enquanto uma solitária lágrima ameaça rolar. Sentado, admirando as estrelas, com o semblante triste e o olhar distante, certo de que nenhuma delas é tão bela quanto Amanda. Sozinho, pensando em como falar, como me expressar, como persuadi-la a escutar tudo o que eu tenho a dizer sem interrupções. Atencioso, morrendo de ciúmes e de paixão enquanto ela divide um MP4 com um amigo. Sou agora um apaixonado de várias faces, observador, encantado com tanto carisma, tanta beleza, tanta simpatia, tanto brilho, tanto... Amor...

Ouvindo "True", me identificando, pensando que "É tão verdadeiro", com "uma emoção em minha mente" e procurando uma fórmula mágica para "dissolver o nervosismo", pensando "Por que eu não consigo escrever o próximo verso?". Escrevo poemas onde a primeira letra de cada verso escrevem coisas como "Amanda" ou "Amo Amanda", tenho uma caneta quase no fim, quase sem tinta, que uso para escrever o que sinto por ela em um caderno. Pareço um idiota, se o objetivo do amor é nos tornar idiotas no meu caso ele está fazendo um bom trabalho.

Quando penso nela, quando penso que um dia terei que dizer tudo a ela e que nesse dia corro o risco de nunca mais vê-la um nó se forma em minha garganta (o mesmo que não me deixava comer alguns dias atrás) , sinto um frio arrepiante na espinha e sinto meu coração ardendo em chamas.

Será que Shakespeare amava? Será que era isso que o inspirava? O amor me inspira, mas quando penso que ela não está ao meu lado não sinto vontade de fazer absolutamente nada, só de escrever, coisas sobre ela...

Sorvete para o coração

Hoje faz muito calor, a sensação é ruim, pois o dia está abafado, há pouco vento e a umidade do ar está baixa. Agora a pouco fui até a geladeira e peguei um sorvete de mini-saia (meio groselha, meio uva), quando coloquei o primeiro pedaço na boca e deixei aquele "pedaço de suco" de uva derreter e deslizar garganta abaixo senti uma sensação muito boa, aquilo resfriou meu corpo, me fez sentir bem, fez o calor que eu sentia desaparecer.

Eu gostaria muito de ter, nesse exato momento, um sorvete para o coração, um sorvete para apagar essa chama que arde e machuca, algo para refrescar a minha alma, para fazer essa sensação que eu sinto no peito desaparecer. Me sinto mal, me perdoe Amanda, mas eu realmente queria te esquecer, queria nunca ter te conhecido, para nunca passar por isso, nunca ter que lidar com isso, nunca ter que tratar de um dilema desses: eu te amo, Amanda, te amo mais que minha vida, mas não sei o que você sente por mim! Tenho medo de dizer o que sinto e assustá-la, magoá-la, deixá-la mal, tenho até mesmo medo de dizer o que sinto e fazer você se apaixonar por mim, tenho medo que você se sinta mal como eu me sinto mal agora.

Quem eu amo me inspira

Tenho cadernos que chamo de Meus Cadernos Secretos, onde escrevo o que penso sobre a vida e sobre o mundo, não são diários, escrevo neles quando me sinto inspirado. Um novo caderno surgiu alguns dias atrás, uma maior que os outros, um onde guardo o que sinto por um certo Anjo de Olhos Castanhos.

Me sinto um tolo, mas um tolo poeta ao menos, quando penso nela não consigo fazer nada a não ser escrever sobre ela e em meio a trechos retirados de músicas românticas que me fazem lembrar dela e rascunhos dos seus lindos olhos duas coisas que escrevi ontem a noite me assustaram, dois poemas sobre ela, o primeiro é o seguinte:

A mais bela das flores do campo

Meu doce anjo de olhos castanhos

O meu amor é o mais sincero.

Antes que diga qualquer coisa

Meu segredo quero contar

Amo você, mais que minha vida

Não posso morrer sem antes lhe contar

De tudo o que podia me acontecer

Amar você foi o que houve e nada posso fazer

O segundo é esse:

A cada instante longe de meu Anjo

Meu coração é envolto em dor

Antes de conhecer os mais belos olhos

Não sofri jamais por amor

Deus, se eu pudesse pedir só uma coisa

A coisa que pediria seria o fim dessa dor

Eu disse, disse que pareço um tolo, disse que me tornei um idiota, um idiota de amor, nada posso fazer senão esperar o momento certo e dizer tudo a ela, esse momento pode estar próximo ou não, mas sei que vai chegar um dia e que ela pode não corresponder, mas vai saber tudo o que sinto.