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domingo, 8 de agosto de 2010

Domingo, 8 de agosto de 2010

15h55. Céu Limpo: 28ºC

Querido diário, hoje é domingo, o dia está ensolarado e a temperatura que a primeira fonte que Google me indica mostra é 28ºC, o que não é ruim se somado a esse vento fresco e a toda Coca-cola que já tomei desde cedo.

Apesar de amanhã a vida voltar a ser desgastante ao extremo me sinto bem, hoje terminei de assistir "Clube da Luta", com todas as suas mensagens subliminares e explicações científicas, achei o filme um tanto exagerado e não é pelo fato que ocorre no fim, a história é interessante e o final não é de todo ruim, mas há muito fatos que se amontoam durante o desenrolar da história, o que confunde as pessoas não a ponto delas quererem decifrar o mistério do filme, mas a ponto delas dizerem "Não vou continuar assistindo, não gostei, não estou entendendo nada!", a maioria delas pensa assim, não eu, eu entendi perfeitamente, se me perguntarem sobre o filme eu com certeza direi "Eu gostei, é um filme legal, mas você tem que prestar muita atenção pra entender", essa última parte "...você tem que prestar muita atenção..." na verdade é um código para "Você provavelmente não vai entender o filme", mas quando eu sugiro um filme assim as pessoas assistem, não entendem, pensam que entenderam e acabam gostando pelos tiros, explosões, pelas lutas, cenas de computação gráfica e acabam tomando a última parte como um "é bem legal, tem explosões e tiros e lutas e muito sangue!". Sabe, não quero parecer arrogante, não gosto de parecer arrogante, mas é que eu adoro assistir seriados e filmes e não assisto por assistir, faço disso uma arte, eu presto atenção, eu vejo, eu ouço, eu sinto o filme, eu incorporo as personagens, está em mim "viver" a história que acompanho e a maioria das pessoas não fazem isso, por exemplo, muitas das pessoas procurariam esse filme por conta do nome "Clube da Luta" imaginando que provavelmente haverá lutas, sangue e - talvez - explosões e há tudo isso no filme mesmo.

As pessoas são preguiçosas, não todas, mas a maioria, então: por que procurar um filme com intenção de entender a filosofia por trás dele quando posso simplesmente curtir explosões e lutas e tiroteios e sexo e muita computação gráfica? Uma prova de que as pessoas em sua maioria não se esforçam para entender os filmes pode ser notada perguntando para pessoas que assistiram o filme: "O que você achou de o personagem principal ser esquizofrênico?", muitas delas vão olhar pra você e responder: "Ãh?!". Isso pra mim já prova muito da minha "teoria da preguiça humana em entender o mundo".

Sempre que começo escrever algo sobre mim acabo com uma tese ou uma discussão filosófica sobre alguma coisa, isto está em mim, eu gosto de pensar, fazer o que?

Vou procurar escrever diariamente aqui, aqui eu não preciso me preocupar com textos gigantes e vocabulários loucos comigo mesmo, que para pessoas "normais" podem parecer esquizofrênicos, eu sei que estou falando com um "diário", sei que no fundo estou falando comigo mesmo, mas não vou dizer que não tenho a intenção de mostrar o que penso para outras pessoas, não vou dizer que não quero que ninguém leia isso, isso é um diário, na teoria era pra ser pessoal e é, mas se não quisesse compartilhar isso com ninguém não ia escolher criar um "diário on-line" ia comprar um caderno ou agenda ou diário e escrever nele. Sei lá, acho meio sem sentido escrever algo que ninguém além de mim vai ler, ou escrever algo e não dar a chance de ler a ninguém, isso faz parte da minha maneira de pensar, me sentiria um idiota se escrevesse algo e não mostrasse a ninguém, seria... negar ao mundo algo que fiz num momento de inspiração.

Outra coisa estranha comigo: sempre que escrevo tem que haver algo de sonhos ou de desejos nisso, neste exato momento estou usando fones de ouvido e vou escutar uma música. "Other side of this life", do Fred Neil, a primeira vez que ouvi essa música foi no filme "Lost Junction" numa cena em que um dos protagonistas está num conversível azul claro numa estrada no meio do deserto, é isso que essa música me faz sentir: liberdade! Me sinto viajando num carro, com a capota aberta, numa estrada, estou dirigindo, o vento bate em meus cabelos, meus óculos escuros e minha camisa leve... Isso é bom, essa sensação de liberdade me faz sentir bem, cada música é uma sensação e cada filme é uma porção delas.

Acho que meu prazer em pensar, que resulta no meu êxito em criar situações e histórias, me presenteia com esse poder de criar situações, não importa onde eu esteja, situações em que eu gostaria de estar em corpo, minha mente está lá, eu crio o que precisar, o que quiser, quando eu quiser. Esse é meu prêmio: eu me esforço para pensar e em troca posso estar onde quiser, quem tem preguiça de pensar não tem esse poder de criação e não pode estar onde quiser quando quiser.

Seja bem vindo ao meu mundo, onde crio o que quiser, onde vivo o que quiser, onde ninguém pode me perturbar, onde há estradas, caminhos, trigais, jardins, onde há o que eu quiser que haja. Não é mágica, é imaginação, tente também, imagine, não se acanhe, pense no que quer, pense no lugar onde quer estar, qualquer um pode, basta querer.

Vienna é quem você quer que ela seja e está onde você quer que ela esteja.
Vienna espera por você.

Aproveite!

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